O presidente da ACIVALE, Evaldo Niehues Junior, acompanhou nesta segunda-feira (14) uma visita técnica no trecho catarinense da BR-285, que compreende a Serra da Rocinha, em Timbé do Sul.
Durante o ato realizado na Câmara de Vereadores, a equipe técnica do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) prestou esclarecimentos sobre o andamento das obras e apontou uma nova previsão de término dos trabalhos.
Segundo o superintendente do DNIT/SC, Alysson Rodrigo de Andrade, a concretização do projeto tem enfrentado desafios climáticos, sendo as chuvas frequentes uma das principais causas de atrasos, resultando em deslizamentos de terra e complicações na execução das obras. Até o momento, o pavimento flexível foi concluído, enquanto o pavimento rígido atingiu a marca de 92% de conclusão. “A conclusão da BR-285 não é mais uma promessa. Vamos entregá-la em março do próximo ano”, afirmou Alysson, ao destacar que se estima que seja necessário um aporte adicional de R$ 5 milhões para a finalização da obra.
A visita técnica foi solicitada pela deputada federal Geovania de Sá devido aos atrasos na entrega da obra. Iniciada em 2016, o prazo final já teve diversas alterações. A primeira data de conclusão estava prevista para 2020. Desde então, outros prazos foram estipulados, mas a obra ainda não foi concluída. O ano de 2023 havia sido o último prazo apontado pelo Ministério dos Transportes, em reunião com o Fórum Parlamentar Catarinense, em março deste ano.
Para o presidente da ACIVALE, a conclusão desta obra é fundamental para garantir o desenvolvimento econômico e turístico. “Acompanhamos a visita técnica e estamos esperançosos. Conforme a apresentação do DNIT, um dos principais entraves são as encostas. Acreditamos que esta ligação entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul pela Serra da Rocinha facilitará o escoamento de produção, além de potencializar a economia e o turismo da região”, afirma.
De acordo com o detalhamento do DNIT, do total de 22 km de extensão a serem construídos, 100% dos 9 km de pavimentação flexível já foram concluídos. O desafio consiste nos 13 km de pavimento rígido que atualmente se encontra com 92% de execução, restando apenas 1 km a ser finalizado. A demora se dá devido a complexidades dos seis pontos em andamento. “O nosso desafio está nas obras de artes especiais e nas contenções que ainda precisamos vencer para ganhar plataforma e fechar os 13 km”, esclareceu o superintendente.
O pacote de obras de artes especiais inclui a construção de duas pontes, quatro viadutos, o Posto de Polícia Rodoviária Federal e as contenções de encostas.
A obra da BR-285 representa não apenas a expansão da malha viária regional, mas um marco no desenvolvimento da região sul catarinense, uma vez que ela é uma importante via para o escoamento da produção gaúcha e do extremo sul catarinense, bem como rota turística.
